segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MOMENTO ARCÁDIA - Visões do Sonhar

Sonhos não passam de interlúdios da imaginação;
Quando esse mímico desperta, adormece a Razão
Compõe um pout-pourri de coisas discrepantes,
Chusmas e plebeus , cortes de reis imperantes:
Os vapores alegres, a fumaça entristecida;
Ambos são a alma racional ensandevida:
E, no sono, monstros havemos de ver.
Que nem foram, nem são, nem jamais hão de ser.

Dryen "The cook and the fox"

Às vezes, as idéias criativas e os sonhos assumem uma forma sólida ou são deliberadamente transformados em objetos, lugares ou criaturas. No irreal realizado, essas criações fantasiosas são denominadas quimeras. Criadas pelos habitantes de Arcádia ou por outros seres tocados pelo Sonhar durante momentos particularmente intensos, as quimeras podem ser tanto animadas quanto inanimadas.

Quando impregnados de Glamour, os arcadianos percebem o mundo como um lugar mágico e místico, cheio de coisas incríveis e excitantes. Eles enxergam as coisas do ponto de vista das fadas, uma visão de mundo que dá cor a tudo que os cerca. As árvores deixam de ser simples coleções de madeira e folhas, transformando-se em pilares brilhantes, coroados de verde e salpicados de seiva dourada e vivificante. Além disso, se um arcadiano usar sua visão de fada para examinar em profundidade a essência da árvore, em busca de sua natureza feérica, pode ser que ele descubra que a árvore é uma criatura onírica, adormecida, com os braços erguidos em direção ao céu e os pés plantados na terra cálida. 

Facas de manteiga podem ser punhais de prata, um velho bicho de pelúcia pode ser um fogoso corcel feérico, e uma velha capa de chuva pode se transformar numa armadura ornamentada.


Por não ser capaz de perceber essas coisas, a maioria das pessoas consideram as reações dos arcadianos ao ambiente quimérico como encenação, mímica ou simplesmente loucura.

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